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A única agência do Banco do Brasil em Caravelas foi fechada e transformada em posto de atendimento, com redução drástica na prestação de serviços e no atendimento presencial. O posto está subordinado à agência da cidade de Prado-BA.
A desativação e reestruturação de unidades do BB em todo o país foi baseada em critérios como desempenho financeiro e potencial de negócios de cada agência. Portanto, o fechamento da agência do BB em Caravelas-BA significa que o volume de negócios não era suficiente para que ela fosse mantida. E a falta de atividade financeira é causada, em grande parte, pelo fechamento e saída de diversas empresas no município.
O fechamento da agência está causando um transtorno muito grande à população e tem sido um dos principais assuntos nas redes sociais de Caravelas, onde a população costuma esperar acontecer para depois reclamar. Um dos descontentes é Genaldo Barbosa Vieira, defensor de primeira hora do prefeito e que inclusive foi secretário de Saúde no início da primeira gestão de Sílvio Ramalho.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele classificou como uma humilhação e vergonha para o município perder a agência do Bando do Brasil, “uma das mais antigas da região”. Também reclamou das longas filas de espera para atendimento e da falta de funcionários em número suficiente para atender toda a demanda. Genaldo apelou para que o povo, prefeito e lideranças se unam para reativar a agência.
O que Genaldo não falou no vídeo é que a desativação da agência do BB foi causada, indiretamente, pela política tributária adotada pelo prefeito Sílvio Ramalho desde que ele assumiu seu primeiro mandato, em 2017, elevando os impostos das maiores empregadoras do município para aumentar a arrecadação.
O aumento irreal e absurdo dos impostos, aliado à crise financeira e falta de incentivo fiscal durante a pandemia, gerou o fechamento de diversas empresas do município.
As que não encerraram as suas atividades de vez, decidiram procurar outras cidades com menos impostos para se estabelecer. Entre elas a Suzano, maior empregadora do município, Júlio Simões, Norsul, Sotecplast, B&G e diversas outras que faziam o fomento do eucalipto no município. Todas essas empresas recebiam e faziam seus pagamentos pelo Banco do Brasil.
Além disso, a saída dessas empresas representou a perda de centenas de postos de trabalho na cidade. Esses desempregados, que antes tinham contas no banco, também deixaram de fazer movimentações financeiras na agência.
Prejuízo significativo
Os bancos públicos, como BB e Caixa Econômica Federal, cumprem uma função social, por meio do fomento do desenvolvimento regional, por exemplo, que não se verifica nos bancos privados, que visam exclusivamente o lucro. Isso explica, por exemplo, a baixa presença de bancos privados nas regiões mais pobres e menos desenvolvidas do país.
Por: Opinião Pública/DA REDAÇÃO/