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Uma investigação envolvendo compra, venda e abstenção de votos de votos na cidade de Vereda/BA, coloca sob suspeita a eleição municipal, e pode resultar na cassação de registro de candidaturas de políticos envolvidos no esquema.

A investigação busca comprovar o envolvimento dos políticos com o esquema.

 

A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o caso. Somente na data de ontem, conforme informações 5 (cinco) pessoas foram ouvidas e detalharam o esquema de aliciamento de eleitores em troca do voto.

Foram juntados áudios, gravações e fotografias, até certa quantia em dinheiro já foi apreendido pela Polícia.

Segundo a assessoria jurídica do Partido Progressistas, “fomos procurados por vários eleitores do município de Vereda relatando que vinha sendo assediados com dinheiro, material de construção, oferta de empregos e outras benesses em troca de seus votos no candidato do DEM, Adalberto Nonato e vereadores de sua coligação, daí orientamos as pessoas que tal ato, se confirmado, constitui crime eleitoral e tentassem gravar ou filmar a conversa, para obtenção de provas, afim de responsabiliza-los os envolvidos” explicou o assessor jurídico do PP.

Segundo as denúncias, as abordagens são feitas por cabos eleitorais e candidatos a vereadores ligados ao candidato a prefeito Adalberto Nonato.

O site teve acesso com exclusividade a uma das provas juntadas no inquérito policial, trata-se de um áudio, no qual o candidato a vereador, Rômulo Souza Pacheco (ex-secretário municipal), interpela uma eleitora, oferecendo material de construção em troca do seu “apoio” (leia-se voto) e de sua família para sua campanha e a do candidato a prefeito Adalberto.

Candidato a vereador, Rômulo Souza Pacheco (ex-secretário municipal)

TRECHO DO ÁUDIO: ROMULOEu vou trazer o material para você e aí no final de semana a gente conversa, eu já mandei aqui pra Danrlei e Danrlei vai mostrar pra Adalberto lá, esse material a gente traz junto com, porque é assim, eu vou aproveitar que vai vim um material também na quadra, aí já vou mandar botar na caçamba e trago porque compra na loja de Danrlei, aí já bom que já vem tudo junto na loja dele, porque compra tudo na loja dele.

Em outro trecho do áudio o candidato diz:

 

“Aí você ver aí, a possibilidade da gente está trabalhando junto, porque pode deixar que eu faço, porque vou fazer igual o outro, eu não tenho tempo para deixar nada para depois, nós só temos 60 dias de campanha, você está entendendo, eu não vou prometer nada para depois, vou fazer agora, porque aí é melhor que alivia a mente de vocês, vocês vão está com a cabeça mais tranquila para poder me ajudar, porque não adianta você sair e ficar preocupado sem saber se eu vou ajudar ou não!”

As informações colhidas revelam em seu conteúdo a existência de um esquema de compra de votos em troca de vários benefícios aos eleitores, tais como: entrega de materiais de construção, depósito de valores, entrega de dinheiro em espécie, pagamentos de exames médicos, dentre outros.

Dentre os investigados estão os candidatos a Prefeito de Vereda, Adalberto da Rocha Nonato (DEM) e Rômulo Souza Pacheco candidato a vereador (PROS) e também outros candidatos a vereadores, que através de intermediários, dentre eles cabos eleitorais, estão promovendo uma compra desenfreada de votos, seja com a promessa ou a entrega de vantagens como dinheiro, material de construção, dentre outros benefícios aos eleitores.

O conjunto probatório respalda-se nos áudios e diversos diálogos via aplicativo WhatsApp, vídeos filmados, bem como imagens de documentos pessoais retidos pelos aliciadores, “estamos recebendo dos cidadãos novas provas que mostram a atuação de uma verdadeira organização criminosa em Vereda, estamos encaminhando tudo ao Ministério Público Eleitoral e a Polícia, tem mais pessoas envolvidas, aqui até documentos pessoais são retidos”. Explica o advogado.

 

Por: Opinião Pública/ DA REDAÇÃO/

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