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O Ministério Público do Trabalho realizou, recentemente, visitas a algumas propriedades rurais na região de Medeiros Neto.Uma das fazendas que recebeu notificação foi a do senhor Edmário Silva Santos.

Segundo ele, durante a visita, o MPT conversou com os funcionários, mas apenas expôs um lado da situação, sem considerar a realidade dos trabalhadores.

De acordo com o proprietário, alguns funcionários são diaristas e trabalham em média dez dias em um mês, e quinze dias em outro. Alguns têm dificuldade em assinar a carteira de trabalho, pois alternam entre diferentes propriedades e não aceitaram assinar contrato de trabalho por esses motivos.

O MPT também questionou a falta de banheiro na casa em que os trabalhadores estavam, mas estes trabalhadores não conseguiram explicar que apesar da ausência de banheiro naquele local, eles tinham acesso a um outro banheiro que fica em uma casa que estava em fase de acabamento para servir de moradia para estes diaristas.

 

 

Ainda seguindo o proprietário da fazenda, a propriedade a qual foi alvo da matéria, na verdade trata-se de uma residência centenária que está passando por um processo de restauração.

 

 

Na tarde do último dia 05 de outubro, a equipe de reportagem do MedeirosNeto.com esteve no local e constatou que há banheiro em processo de construção na casa mais antiga, e adentrou na casa nova que foi recentemente concluída.

 

 

Nesta casa, além do banheiro com revestimento e piso cerâmico, foi constatado que havia, chuveiro, fogão a gás, água potável, acesso à internet, geladeira, camas adequadas e ainda canal por assinatura.

 

 

Em entrevista a reportagem do MN.com, proprietário afirmou que agora que os trabalhadores passaram a se alojarem na casa que foi reformada para eles, ele terá como dar continuidade à restauração da casa antiga. Imóvel este que segundo ele, servirá como sua sede.

 

 

Outra questão abordada foi a jornada de trabalho na fazenda, tanto para os diaristas quanto para os funcionários efetivos. Ambos trabalham 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h e aos sábados, a jornada termina às 11h da manhã.

O proprietário da fazenda, em entrevista ao repórter Patrick Brito, reconheceu que errou ao permitir que os diaristas trabalhassem sem carteira assinada, mas afirmou que eles recebem por todo trabalho realizado, sempre que há finalização da semana ou mês.

O senhor Gildásio José Ferreira foi um dos diaristas que estavam na fazenda no dia da chegada do MPT, confirmou para nossa reportagem que a carga horária de trabalho naquele local é das 7h às 11h e das 13h às 17h.

 

 

Gildásio disse ainda que aos sábados, ele trabalha até as 11H da manhã, mas ressaltou que não se sente constrangido nem obrigado a trabalhar na fazenda e que o seu contratante, não o obriga a cumprir à risca o horário até às 11h.

 

 

Apesar de toda a repercussão e das informações apresentadas, Gildásio afirmou que pretende continuar trabalhando na fazenda e que de agora para frente, com carteira assinada.

 

 

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Fonte: Patrick Brito
Redação Medeirosneto.com
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