(Vídeo – Mucuri) : Com arrecadação de R$ 260 milhões anual, prefeito Robertinho negligencia educação e deixa alunos autistas sem monitoramento educacional.

Em uma cidade que, de acordo com informações financeiras, arrecada cerca de R$ 260.000,000,00 (Duzentos e Sessenta milhões de Reais) por ano, a falta de recursos para atender crianças autistas causa um sentimento de descontentamento e revolta entre os moradores de Mucuri, na Bahia.
A situação se agrava após a revelação de que o prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa (UB), conhecido como Robertinho, está comprando mansões milionárias, levantando questionamentos sobre a aplicação dos recursos públicos.
A indignação foi expressa por uma mãe que em um vídeo enviado a nossa redação, criticou a decisão da Prefeitura de retirar os monitores de dentro dos ônibus, os quais eram responsáveis por acompanhar as crianças com TEA (Transtorno do Expectro Autista) durante o percurso feito pela criança no transporte escolar.
“Eu gasto mais de 300 reais por mês apenas com transporte. Não posso deixar meu filho sozinho dentro do ônibus sem a presença de um monitor”, afirmou, revelando que já havia levado o caso ao Ministério Público.
O Secretário de Educação, Dalmo Costa, respondeu às críticas no vídeo, mas não conseguiu explicar o motivo da retirada dos monitores e apenas afirmou que aguardaria a decisão do MP.
“Infelizmente, não temos como confirmar se os monitores voltarão, pois depende do que será decidido pelo MP”, disse ele, ignorando a preocupação crescente entre os pais.
A situação se tornou ainda mais alarmante quando a mãe relatou que na semana passada, uma criança autista foi deixada em um ponto de ônibus errado, causando enorme preocupação para sua família. A falta de acompanhamento pode resultar não apenas em dor e sofrimento, mas também em situações perigosas para as crianças.
Natália Coelho, influenciadora digital e também ativista em defesa dos direitos de crianças autistas, tem sido a voz de muitas mães que por medo de perseguição se sentem impotentes diante da situação.
“Constatamos que essas crianças são frequentemente esquecidas e desassistidas. Precisamos lutar por nossos direitos e pela dignidade de nossos filhos”, ressaltou Natália em conversa com o editor de nosso portal de notícias.
Nossa reportagem entrou em contato com a Associação Brasileira de Autismo que nos informou que no Brasil, existe uma legislação que aborda a necessidade de monitores no transporte escolar público para todas as crianças, inclusive as autistas.
A principal norma que regula o transporte escolar é a Lei nº 13.722/2018, que trata sobre a segurança no transporte de estudantes. Essa lei estabelece diretrizes e requisitos para garantir a segurança durante o trajeto do transporte escolar. Segundo a ABRA existe também a Lei Brasileira de Inclusão N°13.146/2015, bem como LDB que prevê adequações desde físicas a pedagógicas. No art. 1° a lei deixa claro:
“É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
Investigações recentes indicam que a gestão do prefeito Roberto Carlos Figueiredo Costa está sendo investigada pelo Ministério Público por supostas evidências em lavagem de dinheiro e corrupção. Enquanto isso, o foco deve estar em proporcionar um ambiente seguro e saudável para as crianças, principalmente as que necessitam de suporte especial, como é o caso das crianças autistas.
É inconcebível que uma cidade com uma receita tão expressiva, descuide de suas crianças, especialmente aquelas que vivem com autismo. As mansões adquiridas pelo prefeito contrastam absurdamente com a escassez de recursos para serviços essenciais como o transporte escolar com monitores.
A cidade de Mucuri espera que o prefeito Robertinho reavalie suas prioridades, garantindo que todas as crianças, independentemente de suas necessidades especiais, tenham acesso a educação de qualidade e dignidade e que o respeito e empatia passem a estar no centro da agenda pública, considerando que a omissão pode ser fatal.
A reportagem do ZHN tentou entrar em contato com o prefeito Robertinho, com a Secretaria de Educação e sua assessoria para comentar o caso, mas até o momento da publicação não obtivemos resposta, porém o espaço permanece aberto.
Fonte: Portal Zero Hora News