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Nesta próxima segunda-feira, 19 de novembro, cerca de 100 prefeitos baianos participarão de uma mobilização em Brasília. O encontro, agendado no início do mês, ganhou agora uma demanda urgente com o anúncio da saída dos cubanos do Programa Mais Médicos. Nos municípios da Bahia, atuam 846 médicos vindos de Cuba, em cerca de 300 municípios.
O município de Teixeira de Freitas-BA, até mesmo por sua localização geográfica, e por ser o pólo de saúde que absorve boa parte da demanda de cerca de 13 municípios circunvizinhos, no que se refere a saúde pública, será sem sombra de dúvidas o maior prejudicado.
Segundo dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há médicos também de países como México, Espanha e Angola.
Acredita-se que Teixeira de Freitas perderá mais da metade da sua cobertura de saúde na Atenção Básica, que são aqueles médicos que atendem em UBSs, e PSFs dentro dos bairros, distritos e povoados.
No bairro Colina Verde por exemplo ficaram sem atendimento médico da Atenção Básica, até que a secretaria de saúde resolva o problema, de três bairros.
- Colina Verde.
- Residencia Antonio Costa Filho.
- Residencial Santos Guimarães.
Só nesse exemplo serão cerca de 7 mil famílias, somando as três localidades.
Outros municípios baianos onde só médicos cubanos trabalham na assistência básica perderão 100% dos seus profissionais, são eles:
- Apuarema (3 médicos)
- Central (6)
- Correntina (8)
- Itagibá (3)
- Lafaiete Coutinho (2)
- Lajedão (2)
- Nova Itarana (3)
- Nova Soure (5)
- Palmeiras (4)
- Pedro Alexandre (6)
Do total de municípios que contam atualmente com o programa Mais Médicos na Bahia, em 99, o número de médicos cubanos representa mais de 50% do total de profissionais da atenção básica.
Ainda conforme dados do governo, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo o estado.
O presidente da UPB, Eures Ribeiro, reforça que é necessário uma resposta rápida para evitar que a população fique desassistida. “Recebemos a notícia com muita preocupação. Esses médicos atuam, muitas vezes, em lugares que médicos brasileiros não aceitam ir, na zona rural, comunidades distantes, quilombolas e indígenas. É lamentável para a população ter que voltar a sofrer com a falta de atendimento na saúde básica. O efeito será desastroso para estratégia de Saúde da Família nos municípios”, reclama o gestor que é prefeito de Bom Jesus da Lapa e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Até o momento a secretaria municipal de saúde de Teixeira de Freitas-Ba, não apresentou uma solução para o problema que se aproxima, diante do desafio de melhorar a Atenção Básica, que já é por si só altamente deficitária, devido a incapacidade do atual prefeito de gerir de forma clara e transparente uma gestão que apresenta recordes de reprovação, além de inúmeras denuncias de fraudes em processos licitatários, e escândalos surreais, como foi o caso da “Mafia do Gás”
Por: Opinião Pública/ Léo Feitosa/ Da Redação.