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Percebendo ali, que a eleição da mesa diretora estava como diz no jargão perdida, tendo em vista que cinco vereadores estavam subscrevendo a chapa concorrente e tendo em vista que apenas nove vereadores compõem a Câmara, muito nervoso o Presidente da Câmara Jamil retardou o início da sessão.
Vereda: Da célebre frase, “pense num absurdo, na Bahia tem precedente!”, a política baiana continua dando razão à célebre frase cunhada por Octavio Mangabeira que governou o Estado de 10 de abril de 1947 a 31 de janeiro de 1951. Depois de espantar-se muitas vezes com o que via, ele disse, e até hoje seus conterrâneos gostam de repetir, essa famosa frase.
A frase encaixa-se perfeitamente a confusão que ocorreu ontem, sexta-feira (07/10/2022), durante sessão extraordinária convocada para eleição da nova mesa diretora da Câmara de vereadores de Vereda para o biênio (2023/2024).
A sessão para a eleição da nova mesa diretora da câmara de vereadores de Vereda para o biênio (23/24) foi devidamente convocada através de publicação de edital assinado pelo atual presidente da Câmara no diário oficial da Câmara de Vereadores em 05 de outubro do presente ano e também de igual modo através de convocação pelo aplicativo whatsapp de um grupo fechado entre os edis veredenses.
A alteração da data da eleição do Poder Legislativo está amparada em recente alteração na Lei Orgânica do município, através da aprovação da emenda a lei orgânica 001/2022 que alterou o §3º do artigo 24 da Lei Orgânica, que passou a facultar ao Presidente do Poder Legislativo a convocação de eleição da mesa diretora entre os meses de setembro à novembro.
Na hora marcada, as 18:00 horas estavam os noves vereadores presentes que compõem o Poder Legislativo, até aí tudo bem, a confusão começou, quando cinco vereadores (Márcio Barbosa, Isnael, Murilo, Dé do Táxi e Maximiller) tentaram protocolar o requerimento de pedido de inscrição de chapa para concorrer a eleição, o que foi recusado pelo atual Presidente da Câmara, Jamil Santos.
Percebendo ali, que a eleição da mesa diretora estava como diz no jargão, perdida, tendo em vista que cinco vereadores estavam subscrevendo a chapa concorrente e tendo em vista que apenas nove vereadores compõem a Câmara, muito nervoso o Presidente da Câmara Jamil retardou o início da sessão por aproximadamente uns 30 minutos e trancou-se na sala da presidência reunido com os vereadores, Édio da Prata, Nilton da Saúde, e o Controlador Interno da Câmara Aldo Goroni.
Ao fim do encontro as escondidas entres os mesmos, o vereador Édio da Prata abandonou o plenário da Câmara aos gritos de que “não participaria daquela palhaçada”.
Na sequência, o Presidente Jamil, após verificar o quórum, declarou iniciado os trabalhos, razão que o vereador Murilo tentou novamente protocolar o requerimento de inscrição da chapa o que não foi aceito novamente pelo Presidente, que após muita insistência orientou o vereador que protocolasse diretamente com o Controlado Interno, após a chapa protocolada o Presidente Jamil cancelou a eleição da mesa diretora apenas alegando que quem mandava ali era ele, o que começou uma grande confusão no recinto.
Os vereadores, Márcio Barbosa, Murilo e Isnael usaram a tribuna para protestar contra o ato antidemocrático, também usaram a tribuna Nilton da Saúde e o próprio Jamil para para tecerem críticas contra o executivo municipal em evidente usurpação de poder, já que a convocação para eleição é pauta única e somente pode ser usado a palavra para falar sobre isso, na sequência, após usar a palavra declarou encerrada a sessão sobre forte rejeição popular.
Veja vídeo de parte da sessão:
Populares presentes questionaram o Presidente Jamil sobre o ato, o qual sem motivo e sem explicação nenhuma, apenas ameaçou de chamar o policiamento.
Ao término da sessão sem a realização da eleição da Mesa Diretora da Câmara, os vereadores Márcio Barbosa, Isnael, Murilo e Maximiller concederam entrevista repudiando o ato ocorrido e prometendo ingressar em juízo em face das ilegalidades perpetradas pelo Presidente Jamil, muito enfático, o vereador Márcio disse que o ato ilegal do cancelamento da eleição, relembra os tempos da ditadura.
Veja o vídeo:
Procurado para ouvir sua versão o Presidente da Câmara Jamil trancou-se em uma sala e não quis atender a imprensa.
FONTE: Site ZERO HORA NEWS.