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Entenda o caso!

Ser nomeado para um cargo na prefeitura é o sonho de muita gente. Se for para uma função de chefia, então, melhor ainda. Não é o caso, porém, do contabilista Diego Bessoni da Silva, que levou um susto ao descobrir, por meio da Portaria nº 195, publicada no Diário Oficial do Município de Caravelas, que havia sido nomeado “para ocupar o cargo em comissão de Chefe de Seção de Fiscalização, lotado na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos”.

A Portaria, com data de 25 de agosto de 2020, é assinada pelo prefeito Sílvio Ramalho.

O problema é que Diego é pré-candidato a vereador pelo PDT e, caso fosse servidor público, teria que ter se desincompatibilizado do cargo no último dia 15 de agosto, três meses antes das eleições, conforme prevê a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997).  

Portanto, uma nomeação para um cargo na prefeitura, neste momento, inviabilizaria sua candidatura este ano.

Ele diz que já acionou o Departamento Jurídico do partido ao qual é filiado para reverter essa nomeação feita à revelia de sua vontade. “O prefeito veio conversar comigo para dar suporte na área de Recursos Humanos da prefeitura, e mesmo eu dizendo várias vezes que só aceitaria o trabalho se não tivesse vínculo de servidor da prefeitura, pois sou pré-candidato a vereador, saiu no Diário Oficial minha nomeação como chefe de seção”, comentou Diego, ainda surpreso e indignado com o “mal entendido”.

O caravelense Diego tem uma experiência de 10 anos atuando na área de Recursos Humanos e Departamento Pessoal. É formado em Tecnologia de Gestão de Recursos Humanos, pós-graduado em Gestão de Pessoas e atualmente cursa Administração de Empresas. Segundo ele, o prefeito Sílvio Ramalho o convidou para fazer parte de uma equipe que seria montada para dar suporte ao Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Caravelas.

“Eu comentei com o prefeito que todo trabalho é válido, desde que seja honesto, mas frisei que não poderia estar vinculado à prefeitura como servidor público porque eu era pré-candidato a vereador. Somente se fosse como prestação de serviço eu aceitaria trabalhar, e o prefeito concordou que fosse dessa forma”, explicou Diego.

“Duas semanas depois, a secretária de Obras do município (Pricila Leite) me encontrou na rua e me disse que esse grupo de trabalho seria iniciado no Recursos Humanos da Secretaria de Obras. Eu voltei a comentar que, se fosse algo que caracterizasse como servidor público, eu não poderia, pois sou pré-candidato a vereador.

Ela disse que tudo bem. Então me pediram minha documentação e disseram que seria para lançar no sistema, mas não imaginei que seria nomeado como chefe de Divisão. Foi algo que me pegou totalmente de surpresa”, destacou.

Diego não sabe se o “equívoco” de sua nomeação foi proposital, com a intenção de prejudicar sua pré-candidatura a vereador, ou se foi ingenuidade de sua parte, já que é a primeira vez que irá concorrer a um cargo político.

Por: Opinião Pública/ DA REDAÇÃO/

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