A morte de Manoel dos Santos, de 76 anos, vítima de câncer de próstata, expõe as falhas no sistema de saúde pública e as consequências da negligência no atendimento a pacientes oncológicos.
O caso, denunciado pelo site Liberdade News, revela um quadro de desespero e sofrimento que culminou em um desfecho trágico. Manoel, residente em Caravelas, buscava tratamento no Hospital Estadual Costa das Baleias (HECB), em Teixeira de Freitas.
Diante da demora no atendimento e da falta de vagas, a família do paciente recorreu à imprensa para denunciar a situação, e também protocolou uma denúncia no Ministério Publico no dia 13/11, através do IDEA n° 061.9.583860/2024. Em uma matéria publicada pelo Liberdade News, o filho de Manoel questionava: “Vai esperar ele morrer primeiro, para abrir a vaga?”. Infelizmente, a profecia se concretizou.
A falta de assistência adequada e a burocracia no sistema de regulação impediram que Manoel recebesse o tratamento necessário, e no dia 14 de novembro (quinta), o Sr. Manoel não resistiu e veio a óbito, na esperança de receber o tratamento adequado.
A família relata que, apesar das diversas tentativas de contato com o hospital, com a Secretaria de Saúde de Caravelas, e com as autoridades competentes, nenhuma providência efetiva foi tomada para garantir a internação do paciente.
A direção do HECB, por sua vez, negou as acusações de negligência e atribuiu as denúncias à disseminação de fake news. No entanto, a reportagem do Liberdade News apresentou documentos e testemunhas que corroboram as denúncias da família de Manoel. O caso de Manoel não é isolado. Outras denúncias de pacientes com problemas semelhantes já haviam sido feitas anteriormente, evidenciando um problema crônico no atendimento oncológico na região.
A morte de Manoel serve como um alerta para a necessidade de uma investigação rigorosa sobre as condições de atendimento no Hospital Estadual Costa das Baleias e para a adoção de medidas urgentes para garantir o direito à saúde da população.
A família de Manoel busca justiça e responsabilização dos envolvidos na morte do paciente. O caso também levanta questionamentos sobre a gestão do hospital, que é gerido por uma instituição privada, e sobre o papel do poder público na garantia do acesso à saúde.
É preciso que as autoridades competentes investiguem a fundo esse caso e adotem medidas para garantir que situações como essa não se repitam. A vida de cada cidadão é valiosa e merece ser protegida.
Que cada cidadão que se sinta prejudicado por qualquer irregularidade no atendimento em hospitais públicos possa fazer a denúncia, procurar a imprensa, o Ministério Público, a Defensora Pública, o Judiciário. Perder uma vida por falta de assistência do Serviço Público de Saúde é inadmissível.
Fonte: Liberdadenews
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