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Um levantamento do jornal Estado de São Paulo dá conta que metade da bancada evangélica da Câmara dos Deputados não foi reeleita. Entre os 82 deputados ativos, apenas 37 voltarão para uma nova legislatura, ou seja, 45% deles. O percentual de renovação da Câmara como um todo foi de 55%, evidenciando uma perda maior.

A situação do seu atual presidente, Pastor Takayama (PSC/PR) é sintomática, tendo obtido votação bem menor em seu estado que há quatro anos. Alguns de seus membros também perderam base eleitoral e angariaram menos votos do que o esperado, em alguns casos precisando depender do coeficiente eleitoral.

m um provável governo de Jair Bolsonaro (PSL), o bloco suprapartidário deve perder força, uma vez que diminuirão as pautas progressistas contra as quais lutavam com mais constância. Proporcionalmente, foi a bancada que mais tentou a reeleição neste ano. Os registros eleitorais mostram que 84% dos 82 parlamentares que compõe esse grupo lançaram seus nomes para continuar o trabalho na Câmara. Um pequeno percentual optou por concorrer a outros cargos.

Cabo Daciolo (Patriota-RJ) almejou o cargo de presidente da República, mas sem êxito. Já Marcos Rogério (DEM/RO) e Arolde de Oliveira (PSD/RJ) agora serão senadores por seus estados.

Pautas dissolvidas

Ainda que oficialmente a maioria dos recém-eleitos não falem sobre sua intenção de participar da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), a expectativa é que ela ganhe algum reforço. Isso pode oxigenar o grupo, mas suas pautas mais conhecidas, como a proibição do aborto e o combate á ideologia de gênero muito provavelmente serão absorvidas pelos parlamentares de perfil conservador, que não querem ser vistos apenas como religiosos. Afinal, o novo Congresso terá o perfil mais conservador desde a redemocratização.

Formação da bancada

Os números oficiais indicam que há 182 integrantes em exercício na FPE, mas é sabido que 105 deputados pertencem a outras religiões e entraram com suas assinaturas somente para viabilizar a criação da frente.

Os 84 parlamentares ativos representam 23 Estados, 21 legendas e 19 denominações evangélicas. Somente a partir de primeiro de janeiro é que será possível avaliar como ela deve se comportar.

 

Por: Opinião Pública/ Léo Feitosa/ Fonte: Revista Gospel Prime.

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