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A Justiça da Bahia determinou liminar bloqueando os bens do secretário de Saúde de Ilhéus, cidade do sul da Bahia, em ação impetrada por uma idosa de 73 anos, que relatou ter vendido uma casa a Geraldo Magela, mas que ele não pagou parte do valor. A liminar foi expedida pelo juiz Júlio Gonçalves da Silva Júnior, em 13 de julho.

Geraldo Magela é muito conhecido em Teixeira de Freitas e região. Na gestão do Padre Aparecido ele foi secretário de saúde, e teve uma gestão elogiada por muitas lideranças políticas na época. Magela também foi secretário de Saúde em Nova Viçosa, ainda nesta gestão do prefeito Manoelzinho da Madeira.

A reportagem tentou falar com o secretário por telefone e mensagens de texto, mas não conseguiu contato. De acordo com a advogada Lara Kauark, que defende a aposentada Clarice de Cunto, a venda do imóvel localizado no distrito de Olivença, ocorreu em 2013. “Ela morava em uma casa em Olivença. Ele manifestou interesse em comprar, e ela quis vender. Fizeram acordo de compra e venda, foi vendido, mas o valor inicial que ele tinha que pagar, ele não pagou”, falou a advogada.

Segundo ela, o secretário deixou de pagar valor de R$ 70 mil, referente à entrada da compra. O restante da transação foi financiado.

A advogada relata, entretanto, que a idosa ainda pagou, a pedido do secretário, algumas parcelas do financiamento e outras dívidas dele. Isso porque, de acordo com a Lara Kauark, o secretário dizia que precisava quitar essa dívidas para conseguir fazer empréstimos e pagar o valor que devia à idosa.

“O tempo todo ele ficou iludindo ela. Ela chegou a pagar financiamento da casa que ela vendeu”, afirmou. Com isso, a advogada diz que o valor devido pelo secretário, atualmente, está em torno de R$ 140 mil.

Em 2015, dois anos após a venda da casa, a idosa entrou com ação na Justiça, por danos morais com cobrança. O processo vinha correndo e, na última semana, a Justiça determinou o bloqueio de bens do secretário e de outros réus envolvidos na ação, parentes do secretário, incluindo uma filha cujo nome consta no financiamento do imóvel.

A Justiça ainda determinou a inalienabilidade de um apartamento situado na Rua Amâncio de Oliveira, no Bairro Zildolândia, em Itabuna, de propriedade de uma das rés. A constituição de gravame [impossibilidade de transferência de propriedade] em eventuais veículos automotores em nome dos réus; e a busca por bens penhoráveis dos acionados.

De acordo com Lara Kauark, Clarice de Cunto atualmente mora em São Paulo e sobrevive de uma aposentadoria de R$ 1, 5 mil. “Hoje em dia ela teve que escolher entre pagar a moradia ou o plano de saúde”, falou a advogada.

Ainda segundo a advogada, Geraldo Magela continua morando na casa que adquiriu da aposentada. Ela conta que, agora, aguarda a relação de bens do secretário.

“Agora que a gente conseguiu o bloqueio, estamos esperando ver o que ele tem nome dele, porque pode acontecer dele inclusive não ter nada em nome dele”, falou.

Fonte: G1

 

Por: Opinião Pública/ DA REDAÇÃO/

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