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O ex-prefeito do município de Serra dos Aimorés (MG), Célio Pinto, faleceu na manhã deste domingo (23 de agosto) em um hospital de Belo Horizonte (MG), onde estava internado em estado grave.
Segundo a família, a causa da morte não foi Covid-19.
Figura muito querida e um dos mais importantes expoentes políticos da região do Vale do Mucuri, Célio era irmão do dr. Uldurico Pinto, dos ex-prefeitos de Medeiros Neto, Beto Pinto, de Teixeira de Freitas, Francistônio Pinto, e de Porto Seguro e Cabrália, Baiano, além de tio do deputado federal Uldurico Júnior e do ex-deputado e ex-prefeito de Porto Seguro Ubaldino Júnior.
Célio deixa três filhos – Sabrina, Ellen e Wander Pinto – e vários netos.
A família irá avisar, ao longo do dia, o local onde o corpo será sepultado. Os pais de Célio e o irmão Manoel Pinto estão sepultados em Nanuque (MG), enquanto Francistônio foi sepultado em Teixeira de Freitas.
Célio Pinto foi prefeito em Serra dos Aimorés, no Vale do Mucuri, por quatro mandatos. Integrava uma família de 4 prefeitos – Célio, Baiano, Francistônio e Beto – e que sempre manteve um integrante como deputado federal – Uldurico (pai) e Uldurico Júnior, além do sobrinho Ubaldino Júnior, que além de deputado, também foi prefeito de Porto Seguro.
Apesar de tantos mandatos, nenhum integrante da família fez parte de governo estadual ou nacional, mas todos sempre mantiveram um linha progressista.
Um detalhe curioso é que, de família de mãe mineira e pai baiano, os “baianeiros” eram proibidos pelo patriarca de se candidatarem a qualquer cargo político enquanto ele estivesse vivo.
Quando ele faleceu, ganhou notoriedade nacional o fato de cinco dos seis filhos terem se candidatado e vencido as eleições simultaneamente: um deputado federal e quatro prefeitos em cidades e estados diferentes, tornando o sobrenome Pinto uma referência na política, com forte atuação na Bahia, Minas Gerais e Maranhão.
Os Celtas, como atribuem suas ascendências, têm regras rigorosas em relação a festas, lealdade e defender radicalmente os pobres e menos favorecidos. Estas características são reconhecidas até pelos adversários, que são muitos, tendo em vista a independência política que eles te atuado.
O ritual pra escolher o membro da família a ser chamado de Uldurico é altamente secreto. São centenas de anos que há um membro escolhido com este nome. Eles acreditam que isto tenha a ver com a família real Celta, povos bárbaros que habitaram grande parte da Europa.
O pai do deputado federal Uldurico Júnior chama-se Uldurico, o avô também é Uldurico e a sequência é grande, um verdadeiro mistério. Célio Alves Pinto nasceu no dia 22 de janeiro de 1942, na cidade mineira de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha.
Considerado o maior expoente político de Serra dos Aimorés, venceu todas as eleições que disputou para a prefeitura. Foi prefeito nas gestões de 1983-1988, 1993-1996, 2005-2008 e 2009-2012, tendo ainda emplacado alguns nomes na sua sucessão.
Durante a sua trajetória como homem público, Célio ganhou notoriedade e respeito entre os políticos das esferas municipal, estadual e federal, adquirindo muito prestígio entre seus pares.
Homem de personalidade forte, tratava os seus aliados de forma aprazível, amistosa e sempre protetora. Como uma águia, conseguia enxergar todas as veredas que a política oferecia e sempre tinha um trunfo para vencer os inimigos.
Contam que em Serra dos Aimorés há um divisor de águas chamado Célio Pinto, e que existe uma Serra antes e outra Serra depois de Célio.
Considerado um homem visionário, sempre esteve à frente do seu tempo. Trabalhador incansável, arrojado, combatente, dinâmico, astuto e audacioso, sempre ousava mais por Serra dos Aimorés. Os adversários o odiavam, mas admitiam e admiravam a capacidade de liderança que ele exercia.
Célio se manteve ativo na política até o ano passado, sempre atento com as questões da administração municipal, servindo de inspiração para iniciantes e veteranos que buscam um espaço no coração do eleitor, coisa que Célio Pinto cativou ao longo de 30 anos de carreira política.
(Com informações e foto do Radar 158)
Por: Opinião Pública/ DA REDAÇÃO/
