O corpo de Helmarta Sousa Santos Luz, de 38 anos, que estava desaparecida há dois dias, foi encontrado no rio Jaguaribe, na Ilha de Itaparica, região metropolitana de Salvador.
A vítima, moradora de Valença, no Baixo Sul da Bahia, havia sido vista pela última vez na terça-feira (24), por volta das 15h, no condomínio onde vivia. Helmarta estava separada há oito meses de Carlos Mendes dos Santos Júnior, com quem foi casada por 16 anos e tinha uma filha de 15 anos.
Segundo amigos e familiares, Carlos não aceitava o fim do relacionamento e apresentava um comportamento abusivo e extremamente ciumento. A separação teria sido motivada por esse comportamento controlador, e a situação se agravou recentemente, quando Helmarta começou um novo namoro, o que teria irritado o ex-marido.
Desaparecimento e investigações
Na terça-feira, quando deveria ter ido ao trabalho, Helmarta não apareceu, o que causou estranheza entre seus colegas. Após várias tentativas frustradas de contato, a família, preocupada, passou a acreditar que ela poderia ter sido sequestrada. As buscas começaram ainda no mesmo dia.
Desde o início das investigações, o ex-marido foi apontado como o principal suspeito. Ao prestar depoimento, Carlos apresentou várias contradições em sua versão dos fatos. Na quinta-feira (26), ele confessou à polícia ter assassinado Helmarta, detalhando os acontecimentos do crime.
Confissão do crime
De acordo com o relato de Carlos, ele encontrou Helmarta na tarde de terça-feira e, após uma discussão, a estrangulou com uma corda. Depois, colocou o corpo no porta-malas do carro e dirigiu até a Ponte do Funil, na Ilha de Itaparica, onde jogou o corpo no rio Jaguaribe.
A confissão de Carlos trouxe desfecho para um crime que chocou a cidade de Valença e a região. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram moradores acompanhando as buscas e o desenrolar da investigação com grande comoção.
Histórico de relacionamento abusivo
Amigos e familiares de Helmarta relataram que o comportamento abusivo de Carlos já havia causado diversas crises no relacionamento, culminando na separação do casal, há oito meses. Mesmo após o fim da relação, Carlos continuava tentando reatar, e os conflitos entre eles eram constantes.
Na véspera do crime, na segunda-feira (23), os dois tiveram uma discussão na presença da filha de 15 anos, o que possivelmente acirrou ainda mais a tensão entre eles. O crime é um triste reflexo de um relacionamento marcado pelo controle e pelo ciúme, que acabou em tragédia, deixando uma família e uma comunidade inteira em luto.
Fonte: Bahiaextremosul
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