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Após se reunir com Ciro Gomes na manhã desta segunda-feira, 8, em Fortaleza (CE), o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que o partido deve anunciar o que está chamando de “apoio crítico” à candidatura de Fernando Haddad (PT), no segundo turno. O objetivo é o partido se colocar contra Jair Bolsonaro (PSL) no pleito. Por isso, a sigla deve punir filiados ou candidatos que manifestarem apoio ao presidenciável do PSL.

A decisão será sacramentada em reunião da Executiva Nacional da legenda, marcada para acontecer em Brasília, na quarta-feira, 10. Na ocasião, o partido irá definir que não terá cargos em uma eventual gestão petista. “Não queremos nenhum cargo em lugar nenhum”, disse Lupi à reportagem.

A opção pelo apoio crítico se deve à manobra, orquestrada com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atrapalhou as negociações de apoio do PSB à candidatura de Ciro, ainda durante o primeiro turno. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido. Na ocasião, os petistas retiraram candidaturas em outros Estados para não atrapalhar nomes do PSB que disputavam os mesmos cargos. Em troca, os socialistas se comprometeram a ficar neutros no primeiro turno, em vez de apoiarem o presidenciável do PDT.

Além disso, Lupi defende que Ciro Gomes lance um movimento por uma nova candidatura, visando 2022, já após a definição do novo presidente em outubro. “Isso sou eu que estou insistindo para que Ciro já se candidate a presidente para 2022, mas ele não está convencido”, contou.

Na avaliação de alguns pedetistas, o Ciro não conseguiu chegar ao segundo turno justamente porque parte do eleitorado enxergou muita proximidade entre a campanha do PDT e o PT, de Lula. E se posicionar em favor do petista enfraquece ainda mais a postura de liderança de Ciro Gomes para a próxima eleição. “Temos que fazer uma oposição responsável a qualquer um dos dois e não dar apoio”, defendeu Heringer.

 

Por: Opinião Pública/ Léo Feitosa/ Fonte: Revista Exame Editora Abril. 

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