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O advogado Lucas Paolinelli Campos e o servidor público Vinicius Raposo disseram que o vídeo foi uma brincadeira infeliz e de péssimo gosto. Após o vídeo com críticas a nordestinos e nortistas ganhar repercussão negativa, os autores da gravação pediram desculpas nesta quinta-feira (10). O advogado e sócio da exportadora PrimusGemstones, Lucas Paolinelli Campos, e o servidor público no IFMG, Vinicius Raposo, disseram que o vídeo foi uma brincadeira, classificada por eles, agora, como infeliz e de péssimo gosto..

Nas imagens que viralizaram nas redes sociais, eles afirmam que os nordestinos precisam parar de gastar o dinheiro que o Sudeste produz e que não vão precisar mais suportar pessoas que moram nessas regiões por causa da eleição de Jair Bolsonaro.

“Em momento algum tivemos a intenção de agredir verbalmente qualquer pessoa ou grupo de pessoas, tampouco quisemos expressar ali um sentimento de ódio, preconceito, discriminação ou incitação de violência”.

De acordo com os autores, a publicação tomou proporções inimagináveis, o que os levaram a manifestar uma retratação.

“Reiteramos o pedido de sinceras desculpas a todos aqueles que, por qualquer motivo, se sentiram ofendidos com as palavras ditas por nós, que não condizem com as nossas convicções. Independentemente disso, no entanto, pedimos desculpas a todas as pessoas que de alguma forma foram atingidas pelo conteúdo desse vídeo e expressamos aqui a nossa certeza de que esse tipo de assunto não deve ser motivo de brincadeiras, mesmo que internas”, concluíram.

Assista o show de preconceito da dupla.

 

Apesar da retratação, segundo a polícia, quem se sentir ofendido pode registrar uma queixa na delegacia. A Polícia Civil de Pernambuco informou na quarta-feira (9) que vai investigar o caso.

Em nota, a Primus Gemstones informou que “o sócio que aparece no vídeo estava fora do ambiente de trabalho e que as infelizes brincadeiras feitas por ele durante aquela gravação não representam de forma alguma os valores da empresa”. A empresa também destacou que não compactua com nenhuma forma de discriminação ou preconceito de raça, cor, religião ou procedência nacional.

Já o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) informou que tomará “medidas legais cabíveis” diante da atitude do servidor Vinicius Raposo.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)- Campus Bambuí, dentro da sua história de 50 anos, vem a público reforçar o seu compromisso e respeito com a pluralidade do meio acadêmico.

Ambiente este que visa a busca pelo conhecimento, nas diferentes formas de aprender e entender o mundo que nos interpõe. Fato primordial para a valorização de um espaço de transformação, que deve ser permeado pelo respeito e pela democracia.

Diante desse contexto, o IFMG não compactua com nenhuma forma de discriminação, e tem trabalhado incansavelmente na promoção do respeito a diversidade, a discussão das diferenças e na eliminação das diferentes formas de preconceito existentes. Estando comprometido com a formação de indivíduos pautados no respeito.

O IFMG esclarece que está tomando as providências legais cabíveis em relação ao fato ocorrido envolvendo servidores de nossa instituição, e reafirma que essa postura não condiz com os preceitos de nossa instituição. Continuaremos lutando por uma educação inclusiva, livre de “amarras” e pautada na ética, moral e civilidade.

Direção Geral do IFMG – Campus Bambuí

 

Por: Opinião Pública/ da Redação/

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