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O crescimento das redes sociais como forma de trabalho gera cada vez mais ferramentas de controle de seguidores. É assim que surgiu o Fake Followers Audit, capaz de rastrear quantos deles são perfis falsos, inativos ou robôs.

Com o uso cada vez mais político da plataforma, exacerbado por políticos como Jair Bolsonaro (PSL) que costumam até divulgar ações lá primeiro, o serviço é mais do que nunca útil.

Para o cálculo, eles escolhem, aleatoriamente, uma amostra de dois mil seguidores da página a ser analisada. A partir disso, conseguem descobrir a porcentagem de usuários ativos com base na movimentação dessas contas.

Essa é uma preocupação de empresas e das próprias redes sociais. No último ano, o Twitter fez uma ‘limpa’ de 70 milhões de contas falsas ou suspeitas, chamadas de ‘bots’ – programas de computador desenvolvidos para imitar o comportamento humano.

“Para o uso político, eles têm chamado cada vez mais atenção. Muitas vezes, curtem e comentam em fotos, em outras, levantam até um assunto nas redes sociais, reagindo da maneira que seus programadores desejam”, disse Thiago Rondon, co-diretor do Instituto de Tecnologia e Equidade. Segundo uma pesquisa feita pelo aplicativo, não deve ser calculada a influência de determinado usuário apenas com base nos seu seguidores.

Isso porque, a maioria dos perfis contam com até 30% de fantasmas. “Lembrando que o resultado não é 100% garantido, e sim uma estimativa de uma amostra de seguidores”, afirmou Rand Fishkin, CEO da startup norte-americana.

Pensando nisso, internautas decidiram fazer a análise do Twitter do presidente Jair Bolsonaro, que conta com mais de quatro milhões de seguidores. Os resultados mostram que 60.9% são contas inativas, equivalente a 2.516,985 milhões.

“Há diversos sites na Internet que vendem serviços com o intuito de gerar curtidas, ou até mesmo para aumentar o número de seguidores de um determinado perfil”, ressaltou Randon.

O UOL Tecnologia confirmou os números apresentados, assim como outras amostras: dos dois mil seguidores analisados, 59% não falam português, 61% são perfis criados nos últimos 90 dias e 18% mal contam com fotos, ilustrando apenas o ‘ovinho’ padrão do Twitter. 

 

Mesmo com grande parte dos seus seguidores sendo fantasmas, as contas ativas mostram-se bem fiéis: a métrica que calcula o alcance total e a influência do usuário aponta que o presidente marcou 98 de 100 em engajamento.

“Esse tipo de comportamento não é normal, mas com certeza é possível. Se formos analisar a conta de Donald Trump, vemos que ele conta com um alto engajamento, mas uma grande quantidade de seguidores robôs”, explicou Fishkin.

 

Fonte: UOL/Folha de S.Paulo

Por: Portal Opinião Pública/ Da Redação/

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