“Que laranjada é essa?”: Após declarar à Justiça Eleitoral “não possuir bens”, prefeito Robertinho adquire mansão em Teixeira de Freitas, avaliada em R$ 4 milhões de reais.

 

A propriedade está avaliada em cerca de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), possui amplo espaço, área de lazer sofisticada e segurança privada, (recentemente o prefeito adquiriu o terreno ao lado para ampliar a mansão).

 

A informação foi publicada no site Zero Hora News do jornalista investigativo Vandelei Filho, que fez o levantamento jornalístico, e afirma que;

 

“A aquisição do atual prefeito de Mucuri, Roberto Carlos Figueiredo Costa (União Brasil), o popular Robertinho, tem chamado a atenção dos moradores de Mucuri e região e gerado questionamentos.

 

 

O prefeito adquiriu uma mansão no condomínio de luxo Residencial Itália, localizado em Teixeira de Freitas. A propriedade, avaliada por corretores imobiliários consultados pela nossa reportagem està em torno de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), possui amplo espaço, piscina, área de lazer sofisticada e segurança privada, (recentemente o prefeito adquiriu o terreno ao lado e também ao fundo do imóvel para ampliar a mansão), tornando-se um dos endereços mais exclusivos e luxuoso do extremo sul da Bahia, como mostra o vídeo no final dessa matéria.

 

 

Robertinho, que já enfrentou problemas semelhantes em mandatos anteriores, pois o mesmo foi eleito para o cargo de prefeito em Mucuri para os quadriênios 1993 a 1996 e 2001 a 2004, e teve seus mandatos interrompidos devido a acusações de malversação do erário público e corrupção.

 

O histórico do prefeito Robertinho incluía denúncias que apontavam para a aquisição de mansões, fazendas e outros imóveis em diversas cidades baianas, sempre suscetíveis a investigações sobre a  procedência dos recursos financeiros.

 

Desta vez a compra da mansão ocorreu antes do período eleitoral, mas somente agora foi revelada e tem gerado várias especulações, principalmente porque, durante a última campanha eleitoral, o prefeito — conhecido como Robertinho — declarou à Justiça Eleitoral que não possuía bens em seu nome.

 

A declaração de ausência de patrimônio foi parte de seu registro de candidatura, quando concorreu à reeleição. Este fato levantou dúvidas sobre a origem dos recursos utilizados para a aquisição da luxuosa mansão, uma vez que sua declaração patrimonial oficial não indicava a posse de recursos ou ativos que pudessem justificar um investimento desse porte.

 

A reportagem do ZHN tentou entrar em contato com o prefeito Robertinho e sua assessoria para comentar o caso, mas até o momento da publicação não obtivemos resposta, porèm o espaço permanece aberto. A oposição local, por sua vez, já se manifestou exigindo que o prefeito explique a origem dos recursos e as razões para a discrepância entre sua declaração à Justiça Eleitoral e a aquisição imobiliária.

 

O Ministério Público Eleitoral pode ser acionado para investigar o caso, buscando esclarecer se houve omissão de bens ou irregularidades nas declarações de patrimônio prestadas. Para os especialistas consultados, essa situação pode configurar inconsistências que podem, eventualmente, resultar em desdobramentos judiciais e administrativos.

 

De acordo com especialistas em direito penal, os crimes que podem ser relacionados a essa situação incluem a prática de falsidade ideológica, prevista no Artigo 299 do Código Penal, que diz: “Falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, ou alterar documento verdadeiro, com o fim de obter, para si ou para outrem, vantagem, em prejuízo alheio”.

 

Além disso, a Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) estabelece que a prática de atos que configurem enriquecimento ilícito e violação de princípios da administração pública podem levar a sanções severas.

 

 

Enquanto isso, o assunto segue repercutindo nas redes sociais e nas rodas de conversa da população de Mucuri e região, com os moradores e eleitores querendo saber e aguardando respostas sobre a origem do capital utilizado na compra desta mansão e aguardando uma posição oficial do prefeito sobre o ocorrido.

 

O que se espera agora é que as autoridades competentes iniciem uma investigação minuciosa sobre a origem dos recursos do prefeito e que possam revisar as práticas de transparência e prestação de contas da gestão pública na cidade.

 

Por se tratar de uma figura pública e que gere recursos do povo, ele ainda é um ordenador de despesas, por isso a reportagem do Zero Hora News está encaminhando cópia da reportagem, bem como notícia crime ao Ministério Público Federal para que os fatos sejam apurados e investigado pelo órgão ministerial por possível crime de lavagem de dinheiro.

 

Fonte: Zero Hora News/ Da Redação: Jornalista investigativo Vandelei Filho